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Foto do escritorGeorge Vinícius Dias Saravi

Campanha Junho Vermelho 2021



De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente cerca de 3,3 milhões de pessoas são doadoras de sangue no Brasil, o que equivale a 1,6% da população do país. Apesar deste número estar dentro da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que pelo menos 1% do país doe sangue, ainda não é suficiente para o Brasil. Uma vez que nosso sistema de saúde e de segurança ainda possuem muitas falhas que propiciam acidentes e atos de violência que acabam por consumir as reservas dos hemocentros.


Assim, em conjunto com o contexto pandêmico atual, no qual UTIs se encontram lotadas e o sistema tem sido sobrecarregado, as pessoas tem deixado cada vez mais de lado a doação de sangue. Apenas em 2020 houve uma queda de 20% nas doações, e a tendência é que o cenário piore ainda mais. Por isso o Ministério da saúde traz a Campanha Junho Vermelho 2021, dessa vez focada nas baixas dos estoques durante a pandemia, de forma a conscientizar a população acerca da situação atual e do papel individual de cada um em mudar isso.


A doação em si consiste na retirada de 450 ml de sangue, podendo ser realizada a cada 2 meses para homens e 3 meses para mulheres, o que totaliza 4 doações para o primeiro grupo e 3 doações para o segundo grupo, tudo em um período de 12 meses.


Os critérios iniciais para a doação são relativamente simples:


- Idade: O doador deve ter entre 16 e 69 anos, sendo que aqueles menores de 18 anos devem estar acompanhados de um responsável legal.


- Peso: Apesar da legislação atual permitir a doação de pessoas abaixo de 50kg, a maioria dos hemocentros se reserva ao direito de aceitar apenas doadores com 55kg ou mais, com o intuito de garantir uma melhor utilização do sangue e a segurança do paciente. O ideal é entrar em contato com o hemocentro da sua região.


-Doenças: Existem certos grupos de doenças que podem impedir, mesmo que temporariamente, a doação de sangue. São as principais: Doenças hematológicas, renais, pulmonares, hepáticas, autoimunes, diabetes e portadores de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue.


-Vacinas e medicamentos também podem impedir temporariamente a doação.


-Alimentação: É de extrema importância estar bem alimentado quando for doar sangue, contudo, é ideal evitar alimentos com excesso de gordura antes da doação.


Assim, para ser um doador basta se enquadrar nos quesitos, procurar um hemocentro mais próximo, estando alimentado e munido de um documento oficial com foto. No local, após uma rápida identificação e confirmação de cadastro e dados pessoais, você será encaminhado para a aferição de peso, glicemia e pressão arterial. Após este momento é necessário ser entrevistado por um dos integrantes do hemocentro, geralmente um médico ou enfermeiro, que conduzirá perguntas especificas sobre doenças prévias, possível comportamento de risco e confirmação de outros itens já citados acima. Neste momento é muito importante ser sincero, para garantir a segurança do sangue doado, mesmo que este seja testado exaustivamente.


Estando tudo de acordo com a segurança do paciente e do sangue, a doação é liberada.


E assim, mais quatro vidas serão salvas. Um ato simples, completo, e como a própria campanha diz, um ato de amor.

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